segunda-feira, 26 de abril de 2010


Poesia musicofílica








É uma dança de luz

Por entre notas dedilhadas

O som da natureza,

Que no violão se traduz

Num embalo transcendental

Que em suas cordas se traça.



É o fogo queimando a razão,

Andorinhas fazendo o verão,

O extirpar do negro fastio

Qual neblina, embaça a visão.



É um voar de seres livres,

Um gorjear de uirapuru,

O limiar do que amanhece

Ao que provém do negro azul.



O executar o som dos céus,

Que fustiga desesperança

Fulgura a beleza de criança.

Com um corisco aceso ao léu.


Anhangüera Araruna

Rio de Janeiro, 05 de Abril de 2010.

Um comentário:

  1. Me sinto na obrigação de seguir teu blog simplesmente Maravilhosos textos , meu enormes parabéns!

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