(Imagem: Rio Letes, autor desconhecido)
Rio errante
Há
Canção
nessa vida
que circunda,
de asilo o sonho.
Fulge no semblante
à escuridão, se opondo.
Surge no clarão d’alvorada
Brilhante essa estrela de prata,
Que afasta e deprime as lamúrias
De outros dias de obscuridade ingrata.
Canção de amor, langorosa e flamejante
Guarda-me da letargia qual se achava o peito,
E abandonava-me encarcerado em sinuoso álveo
Donde transbordavam incertezas de meu rio errante.
Anhangüra Araruna
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