terça-feira, 27 de abril de 2010

Rio errante

(Imagem: Rio Letes, autor desconhecido)


Rio errante



Canção

nessa vida

que circunda,

de asilo o sonho.

Fulge no semblante

à escuridão, se opondo.

Surge no clarão d’alvorada

Brilhante essa estrela de prata,

Que afasta e deprime as lamúrias

De outros dias de obscuridade ingrata.

Canção de amor, langorosa e flamejante

Guarda-me da letargia qual se achava o peito,

E abandonava-me encarcerado em sinuoso álveo

Donde transbordavam incertezas de meu rio errante.






Anhangüra Araruna


Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2010.

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